CNN Comunitária

Estou lendo atualmente o livro "Chatô - o Rei do Brasil", de Fernando Morais. Aliás, estou não, estamos, os três autores deste blog e mais toda a turma do terceiro semestre de Jornalismo da minha universidade. Lendo o livro, eu percebo uma coisa que é comum encontrar em todos que sonham em fazer jornalismo, aquela vontade de mudar [pra melhor ou pra pior, tudo depende do ponto de vista], mas de fazer uma comunicação diferente, uma mídia diferente.

Chateaubriand teve uma história grandiosa [goste você dele ou não], a qual não vou me atrever a falar por ora porque, afinal, ainda estou na página 142 de um livro de quase 700 páginas. Mas, assim como ele, ainda hoje em dia muitos pensam numa comunicação diferente. Em criar o seu próprio meio de comunicação. Pois é pensando nisso e em comunicação comunitária que o ex-presidiário e atualmente professor e líder comunitário Joseph Hayden, de 68 anos, sonha em construir a "CNN do Harlem".


Caso você, assim como eu, não saiba, o Harlem é um bairro de maioria negra em Manhattan, Nova York. Como em qualquer país capitalista, bairros de maioria negra são também bairros pobres, ou seja, esquecidos pela grande mídia. Na verdade, a imprensa em geral só lembra de bairros de periferia quando acontece alguma tragédia, ou quando a polícia invade em busca de criminosos. Enfim, só notícias desse nível para baixo. Mas Joseph queria algo diferente para o seu bairro. Queria, quis e arregaçou as mangas e foi atrás.

No ano passado, junto com mais dois amigos, Joseph Hayden investiu 40 mil dólares na criação da Still Here Harlem Productions, uma agência de notícias exclusiva, que cobre todos os aspectos da vida e da cultura do Harlem. Em setembro, os vídeos de meia hora que eram produzidos pela agência começaram a ser exibidos em uma rede de TV a cabo e, em fevereiro, passaram a ser publicados no site All Things Harlem.

O próprio Joseph sai pelas ruas do bairro com a câmera em punho, fazendo entrevistas com os moradores do bairro ou suas pequenas reportagens de interesse da comunidade. Uma dessas reportagens, sobre os 100 dias do governo Obama, foi postada pela equipe no site da CNN para o jornalismo-cidadão, o iReport.

O jornalismo comunitário faz sucesso aqui e lá. Cada qual à sua maneira e de acordo com a sua cultura, enfrentando os problemas comuns à todos que resolvem fazer comunicação comunitária, mas colhendo os frutos gratificantes de fazer comunicação para a comunidade e pela comunidade. Uma comunicação livre dos interesses de poderes midiáticos. Uma comunicação onde a opinião dos excluídos finalmente será ouvida.

A notícia, só para variar, eu tirei do Observatório da Imprensa. E se você entende um pouco de inglês, vale a pena ver o link do All Things Harlem. Lá eles mantêm um canal de comunicação aberto a qualquer pessoa, de qualquer lugar do mundo.

Já pensaram, que doido? Comunicação feita pela comunidade, mas que qualquer pessoa, de qualquer lugar do mundo, pode participar? A comunicação comunitária está eliminando as fronteiras geográficas.

Isso tudo pra mim é muito doido! E fico feliz de ver isso acontecendo aqui, na frente dos meus olhos! E você? Já pensou em colocar a sua comunidade na internet também?


O Centro Cultural da fundação Fiesp – Ruth Cardoso,que fica bem no meio da Av. Paulista, abriga todos os meses uma programação cultural diferenciada,incluindo dança,teatro e música.E uma das atrações que eu quero chamar atenção é a da peça teatral “Primeiras Rosas”, inspirada no livro “ Primeiras Estórias”, do escritor Guimarães Rosa.
O espetáculo é encenado pela Companhia Pia Fraus, que comemora com este trabalho os seus 25 anos de existência. A Pia Fraus se trata de um grupo teatral que se caracteriza pela linguagem que mistura elementos como teatro de animação, dança artes plásticas e circo, o que consegue sintetizar perfeitamente algumas histórias da obra de Rosa.
A peça conta quatro histórias diferentes, dirigidas por quatro diretores diferentes, deixando assim cada um inserir sua visão das escrituras do autor. Todas as encenações incluem os elementos que marcam a Pia Fraus, e deixam a platéia encantada, principalmente quando observam cada movimento dos bonecos que os faz parecerem personagens reais.
Além disso, o espetáculo tem preço e horários acessíveis aos interessados. Sendo que às quintas-feiras e sextas-feiras, a entrada é gratuita, e aos sábados e domingos custa 10 reais inteira e 5 reais meia entrada.A temporada será até 05 de julho,de quinta a sábado às 20 horas e aos domingos às 19 horas.
Quem chegar antes da apresentação ainda pode conferir a Mostra “A Arte Argentina na Encruzilhada: Informalismo Nova Figuração”, a exposição reúne importantes obras de acervos particulares de colecionadores argentinos. A entrada é gratuita e a mostra fica no mesmo prédio.

Maiores informações:

Correria, queridos leitores... correria danada, sumi semana passada, mas estou de volta aqui, como deveria ser todas as quartas-feiras! E já chego com novidades para vocês, tão ávidos por um desafio.

Pois bem. O desafio que eu trago para vocês hoje é o 5º Concurso Universitário CNN. Se você, como eu, nunca nem ouviu falar desse concurso, lhe explico: a CNN, rede internacional de notícias, criou este concurso para dar uma oportunidade aos estudantes de jornalismo de mostrarem o seu talento diante das câmeras. Cada ano com um tema diferente, o estudante deve elaborar uma matéria em vídeo de dois minutos. Acha pouco? A título de comparação, semana passada, na faculdade, criamos uma matéria de no máximo 45 segundos, sobre o terremoto na Itália há um mês. Dois minutos é um bom tempo para uma matéria de um estudante de jornalismo.

O tema do concurso deste ano é "O uso da tecnologia no desenvolvimento social". Parece dificílimo de tratar, mas não é tanto assim. Lembram do artigo sobre a TV Muro? Aquela é uma tecnologia [local, mas é] que, se bem trabalhada, pode estimular os jovens do bairro, ensiná-los a trabalhar com televisão e quem sabe desenvolver uma profissão nova.

E se você também está pensando "ai, Ana, que coisa chata, vou me dar esse trabalho todo de fazer um vídeo sobre a tecnologia e o desenvolvimento social para que, só pela glória do momento?". Bom, não sei você, mas a glória do meu nome aparecendo em qualquer coisa relacionado à CNN pra mim, já seria o suficiente. Mas eu morri mesmo quando soube que o prêmio ao primeiro colocado envolve a exibição do seu material na CNN. Repito, talvez você não tenha lido direito. O prêmio ao primeiro colocado envolve a exibição do seu material pela CNN.

Ainda acha pouco? Vocês andam muito exigentes. Tudo bem, e que tal uma viagem para conhecer os estúdios da CNN International? Como é? Repito de novo, beleza: uma viagem para conhecer os estúdios da CNN International... nos Estados Unidos!

Animou, não é mesmo? Então não perca seu tempo, caro leitor! Lembrando que o concurso vale apenas para estudantes de jornalismo, ou seja, não adianta você ser formado em jornalismo, você ter sonhado com jornalismo, você gostar muito de jornalismo. Se você não é um estudante de jornalismo devidamente matriculado, então esquece, fica pra próxima. Mas se você é estudante de jornalismo e ficou todo ouriçadinho com a ideia [assim como eu], clique aqui e faça a sua inscrição. Você tem até o dia 29 de junho de 2009 para isso.

As matérias devem ser enviadas pelo YouTube, e serão julgadas por gente de pouco calibre, sabe, gente tipo Heródoto Barbeiro, Marcelo Tas e Lúcia Araújo.

Dúvidas? Clique aqui. Mais dúvidas ou sugestões? Clique aqui.



Para quem anda pelas ruas do centro de São Paulo, principalmente na região da Av.Paulista, avistar muros e postes com algum tipo de representação artística diferenciada do convencional, não é nada fora do cotidiano. Mas muitas pessoas se perguntam o que realmente seria essa arte.
Bom, para quem não sabe arte de rua, é a intervenção urbana feita por qualquer cidadão que se sinta encorajado a fazê-la: como stencil, grafiti, stickers, lambe-lambe, entre outros, e todos têm seu valor cultural, se tratam de obras que trazem mais autenticidade à megalópole. Além disso, é a verdadeira expressão do que as pessoas pensam, pois ali depositam desejos, desafetos, ideologias, protestos ou nada de concreto. Mas o que chama a atenção é que qualquer um, pode se expressar através de uma arte que não se torna restrita a elite ou culturas mais elevadas. Basta querer fazer.
Entretanto, a arte de rua continua sendo marginalizada pela maioria da sociedade, e existem várias discussões a respeito de a intervenção urbana ser vandalismo ou não. Apenas quem observa essas manifestações, é quem tem o poder de considerar arte ou não.
Quem se interessa pelo assunto, pode visitar um dos maiores acervos de arte de rua; a Galeria Choque Cultural,onde são exibidas exposições permanentes ou temporárias de stencil,lambe-lambe entre outras formas de intervenção.


A Choque Cultural fica na Rua João Moura, 997,em Pinheiros,São Paulo.O funcionamento é de Terça-Feira à Sábado das 12:00 às 19:00






*Foto de stencil feito em Nova Delhi,pelo grafiteiro C215

Budapeste é amarela

José Costa é um ghost-writer, escritor especialista em escrever livros para terceiros sob a condição de permanecer anônimo. Na volta de um congresso, Costa é obrigado a fazer uma escala imprevista na cidade de Budapeste, o que desencadeará uma série de eventos envolvendo-o em uma surpreendente história.

A sinopse que acabaram de ler acima é do filme Budapeste que está marcada para estreia para o próximo dia 22. Baseado no livro de Chico Buarque, o longa é dirigido por Walter Carvalho (Cazuza – O Tempo não para), e estrelado por Leonardo Medeiros, Giovanna Antonelli e Gabriella Hámori (atriz húngara).

Ainda é cedo para arriscar opiniões sobre o que está vindo por aí, pois toda minha ansiedade é baseada em cada parágrafo do livro do Chico. Mas pelo o que acompanhei nesses últimos meses que antecediam o lançamento do filme, é que podemos esperar algo grande, de qualquer forma promete desencadear os desejos daqueles que viajaram [literalmente] com José Costa.

A única certeza é que Budapeste vai nos dividir ao meio. Quando menos esperarmos, vamos viver uma vida dupla em atmosferas e culturas completamente diferentes, vamos nos arriscar no desconhecido.

E só pra finalizar, o filme ainda vai contar com uma pequena participação do Chico em uma das cenas.

Vejam o trailer do filme.

Finalmente consegui assistir A Troca uns dos mais recentes filmes de Clint Eastwood com Angelina Jolie e John Malkovich no elenco do filme. Num dia cheio de afazeres, em que a tonalidade de São Paulo adquiriu ares vermelhos em meio ao cinza catatônico presente no nosso dia-dia, ainda sobrou espaço e tempo dentre os meus comprometimentos de pseudo-cinéfilo.

Confesso que adorei o filme, acho que nem é preciso chamar a atenção sobre a fotografia e muito menos detalhar a história do filme [baseado em fatos reais]. Ao longo de sua carreira Clint Eastwood soube muito bem demonstrar que sabe conduzir muito bem esses dois fatores tanto no papel de diretor como no de ator. Ele consegue dar uma dramaticidade incrível pós-filme pra quem assiste e quando pensamos que está para subir os créditos, o melhor ainda está por vim.

Gostaria de levantar algumas questões levantadas no decorrer da história, com quem assistiu ao filme. Sobre até que ponto vão os esforços do poder [sistema] de querer manipular as informações a favor deles, será que todos nós estamos sujeitos a um código 12 devido à incapacidade deles assumirem certos erros?

Clint Eastwood mais uma vez ressaltou como a mídia pode influenciar em certos casos, sejam bons ou ruins. Não é a primeira vez que ele traz esse assunto para as telas, quem assistiu “A Conquista da Honra” pode perceber isso.

E como “A Troca” não é nenhum filme difícil de achar [vende-se nas melhores esquinas rs] acredito eu que muitos já tenham visto e os que ainda não, fica a dica.

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