Um dos momentos mais temidos por qualquer estudante universitário, a hora de procurar um emprego pode se tornar um verdadeiro pesadelo quando começamos a levar em consideração o quesito qualidade da universidade. E digam o que quiser os grandes especialistas na área, os empregadores ainda consideram sim, universidades renomadas e as unibolsos da vida.

Dito isto, será que realmente, o nome da sua universidade influencia? E se o nome influencia, o que dizer a um estudante que, ou por motivos econômicos, ou por comodidade geográfica, resolve fazer uma faculdade bem menos renomada, mas de custo mais próximo da sua realidade, ou próximo do percurso trabalho/casa? Será que os alunos de universidades menos renomadas têm menos chances por causa da qualidade do curso? Quem faz a qualidade do curso, a faculdade ou o aluno? Ou uma mescla dos dois?

Sobre isto, quem tem algo a nos dizer é Max Gehringer, que faz participações diárias na CBN. Max é consultor de gestão empresarial, e muitos de seus comentários diários são transcritos pelo Andarilho, no ótimo e sempre recomendável Estou Sem Criatividade Para Bolar Um Título Bacana. A postagem original você pode conferir clicando aqui, e os comentários de Gehringer na CBN você pode ouvir no site da rádio.

Segue o que Max nos diz sobre "Quando a qualidade da universidade deixa a desejar".

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"Uma consulta muito pertinente e que certamente vai interessar a muitos jovens. Escreve um jovem ouvinte preocupado: "Estou procurando estágio, mas me deparei com um problema. Uma das perguntas que os recrutadores sempre me fazem é sobre a minha faculdade. E eu estudo em uma faculdade sem muito prestígio, mas isso nem é o pior. O pior mesmo é que meus professores não demonstram muito interesse nas aulas. Parece que eles ensinam o mínimo que podem, só para fazer jus ao salário no fim do mês.

Por tudo isso, eu fico gelado quando o recrutador começa a me fazer perguntas sobre as minhas atividades escolares. E no fim da entrevista, eu sempre acabo perdendo a chance de ser contratado. Existe alguma resposta conveniente para a minha situação?"

Sem dúvida. Você poderia responder que sua faculdade pode não ser a mais renomada do mercado, mas que você supera essa deficiência com outras atividades. Por exemplo: você é membro da empresa júnior da faculdade, o que lhe permite apresentar projetos para empresas e começar a formar um bom círculo de relacionamentos. Se a sua faculdade não tem uma empresa júnior, você mesmo pode começar uma e associá-la à entidade nacional.

Você pode também dizer que dá aulas gratuitas para crianças carentes em uma ONG perto da sua residência. E pode dizer que se os professores não fazem questão de que os trabalhos dados em classes sejam bem feitos, nem por isso você se limita a dar os comandos de copiar e colar num site da Internet. Você pesquisa em livros e bibliotecas porque está fazendo um trabalho para o seu aprendizado e não para impressionar os professores. Além disso, você pode dizer que nunca perdeu uma aula, porque sabe que o índice de absenteísmo zero é muito importante para as empresas.

Evidentemente, falar é mais fácil do que fazer. E eu confesso que não tomei essas iniciativas quando era estudante. Talvez por falta de alguém que me abrisse os olhos para a importância de enxergar a faculdade como uma aprendizado que vai muito além das horas passadas na sala de aula.

O nosso jovem ouvinte não precisa dar desculpas para o recrutador. Ele precisa demonstrar, com exemplos práticos, que será um bom estagiário, independente da qualidade da escola em que ele estuda. O fato da escola não ser a melhor do mercado de ensino não significa que seus formandos não possam ser os melhores profissionais do mercado de trabalho.

Max Gehringer, para CBN."

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E então, vocês? Acham que tudo o que o Max disse é muito difícil de fazer? Como você se sente em relação à qualidade de ensino da sua universidade? E se isso não te satisfaz: o que você faz pra mudar?

2 comentários:

Penso que as faculdades públicas são as mais valorizadas, porém tem mais chances de estudarem lá os mais privilegiados. E já aos menos privilegiados, as faculdades privadas que deixam a desejar...

30 de abril de 2009 às 19:45  

Gostei do que o Max disse e concordo que traçará o futuro profissional é o aluno e não a universidade.
Portanto se você não faz algo que te possibilite angariar mais conhecimentos além da sala de aula,provavelmente será mais díficil de conquistar o tão desejado emprego

30 de abril de 2009 às 22:31  

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